sábado, 22 de dezembro de 2007

Árvore de Amigos


Quisera,

Senhor, neste Natal,

armar uma árvore dentro

do meu coração e nela pendurar em

vez de presentes, os nomes de todos os

meus amigos. Os amigos de longe e de perto. Os

antigos e os mais recentes. Os que vejo a cada dia e os

que raramente encontro. Os sempre lembrados e os

que às vezes ficam esquecidos.

Os constantes e os intermitentes; os que, sem

querer, eu magoei, ou sem querer me magoaram.

Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles que não me

são conhecidos , a não ser nas aparências. Os que pouco me devem

e aqueles a quem muito devo. Meus amigos humildes a meus amigos importantes. Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida. Os das horas difíceis e os das horas alegres.

Quisera eu uma árvore de raízes muito profundas para que seus

nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos, para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham untar-se aos existentes. De sombras muito agradáveis para que nossa amizade seja um aumento de repouso nas lutas da vida.

Que o Natal

esteja

vivo

dentro de nós em cada dia do

ano que se inicia, para

que possamos viver

sempre o amor e a

fraternidade.



(Autor desconhecido)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Um toque oriental


Podia ser...
a aula
de alguns professores que conheço,
um t a fazer continência,
um senhor de chapéu
a ser içado para o céu
Dois F's rebuscados
e invertidos
perseguindo-se
divertidos!

Mas parece ser
simplesmente
o meu nome!

Sophia




Para atravessar contigo o deserto do mundo

Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei

Por ti meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso

Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo

Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento


Sophia de Mello Breyner
LIVRO SEXTO», 1962


Amizade com sentidos



Quero a vida a cores

menos baças, menos frias…

Quero sentir amarelo

amor, paixão, alegria!

Quero viver a cor certa,

o tom de cada momento.

Olhar o azul do céu,

tocar o som do vento!

E na minha insegurança,

de tom cinzento marcado

pintei a nossa amizade

de “amarelo esturrado”.

Mas o sabor não se altera,

creio que apenas apura!


recordando 7 de Março de 2007

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Delírio

Eu podia tornar meus
Os teus poemas de amor
no medo de assumir,
no receio de arriscar,
no desejo de te amar.

Mas, prefiro amar-te
no som do vento,
no toque fresco
das ondas do mar,
na carícia da música
que me lembras.

Sinto-te...
No brilho do olhar
de uma criança
Na alegria singela
do seu brincar
Na leveza dos passos
de uma dança.

E assim,
na simplicidade do meu viver
vou-te lembrando
p'ra te esquecer.

Procura de...















O
nde estão?
Bem sei que os devo ter, aqui
Junto ao coração...
Elos que nos ligam à vida.
Caixas de essência.
Tímidas certezas
Inscritas em nós!
Viagens a nós mesmos
Origem de tudo o que fazemos!
Somos!

sábado, 13 de outubro de 2007

Retorno do vazio

Há já algum tempo que não passo por aqui...
Preguiça... não
sensação de vazio, de ter secado,
como temo há algum tempo.
Há que transformar o Outono
em Primavera, e recomeçar de novo!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Sim ou não

Todos temos os nossos dias, uns dias sim, outros dias não, por vezes mais do que dia sim dia não, mas a amizade tem o fantástico condão de os tornar mais positivos e fazer-nos brincar com as palavras, ao jeito das crianças.


Dia sim, dia não
tenho natação.
Mas isto a mim
faz-me confusão!

Nos meus dias sim
acordo contente
e vou para a escola
com a minha sacola!

Nos meus dias não
o meu melhor amigo
é o meu colchão!
E quero ficar em casa
a ver televisão!

Nos meus dias sim
a minha mãe sorri,
e chegamos à escola
sem frenesim.

Nos dias não,
estou sonolento,
um pouco mais lento,
sair de casa...
é uma aflição!

Mas... se há natação
nos dias sim, e dias não,
Porque é que não vou todos os dias?
Não vos faz confusão???

quarta-feira, 26 de setembro de 2007



Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade.

(Bertrand Russell)

Os meus espaços












O Verde que me fascina!!

A tranquilidade por que anseio.

A beleza do que é simples...


Abril despediu-se
Com a tua despedida...
E partiste...
Sem que eu
te dissesse Adeus!
Mas... eu sei...
Estás sempre aqui
vigiando meus passos,
guiando o meu caminho.
Obrigada Pai,
Pelo teu carinho!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Desafios

Soltar palavras!
Partilhar!
Libertar-me.

domingo, 23 de setembro de 2007

Ansiosa tranquilidade

Procuro ansiosamente uma nova forma de estar

Onde a tranquilidade que quase consigo… permaneça,

Onde um sorriso aqueça

E varra as tempestades,

Dois pares de olhos sorriem, tranquilizam

Outro par quando sereno, ajuda

Quando inquieto, perturba!

Em verdes vales me afundo,

Recordando momentos

Ora felizes, ora inquietos

Vagos, curtos, incompletos

Mas intensos, profundos!

23 de Setembro de 2007

Horizontes

Intervalo

Na sala vazia carrego

a mesma tecla do piano.

Rotineira, certa, repetida.

E no silêncio perdido

pelo barulho contínuo da lâmpada

ouço o dedilhar dos teus dedos

na guitarra.

Fazes falta ao meu dia!

É bom estar contigo

É bom ouvir a tua voz e

Sentir o teu abraço no final do dia!