Nasceu intimista... mas abrindo-se para ao mundo, num encontro entre o eu desejado e o eu real...
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Um toque oriental
Podia ser...
a aula
de alguns professores que conheço,
um t a fazer continência,
um senhor de chapéu
a ser içado para o céu
Dois F's rebuscados
e invertidos
perseguindo-se
divertidos!
Mas parece ser
simplesmente
o meu nome!
Sophia
Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento
Sophia de Mello Breyner
LIVRO SEXTO», 1962
Amizade com sentidos
Quero a vida a cores
menos baças, menos frias…
Quero sentir amarelo
amor, paixão, alegria!
Quero viver a cor certa,
o tom de cada momento.
Olhar o azul do céu,
tocar o som do vento!
E na minha insegurança,
de tom cinzento marcado
pintei a nossa amizade
de “amarelo esturrado”.
Mas o sabor não se altera,
creio que apenas apura!
recordando 7 de Março de 2007
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Delírio
Os teus poemas de amor
no medo de assumir,
no receio de arriscar,
no desejo de te amar.
Mas, prefiro amar-te
no som do vento,
no toque fresco
das ondas do mar,
na carícia da música
que me lembras.
Sinto-te...
No brilho do olhar
de uma criança
Na alegria singela
do seu brincar
Na leveza dos passos
de uma dança.
E assim,
na simplicidade do meu viver
vou-te lembrando
p'ra te esquecer.
Procura de...
Onde estão?
Bem sei que os devo ter, aqui
Junto ao coração...
Elos que nos ligam à vida.
Caixas de essência.
Tímidas certezas
Inscritas em nós!
Viagens a nós mesmos
Origem de tudo o que fazemos!
Somos!
sábado, 13 de outubro de 2007
Retorno do vazio
Preguiça... não
sensação de vazio, de ter secado,
como temo há algum tempo.
Há que transformar o Outono
em Primavera, e recomeçar de novo!