Nasceu intimista... mas abrindo-se para ao mundo, num encontro entre o eu desejado e o eu real...
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Em jeito de balanço...
2009, o ano das auto-redescobertas, do fortalecimento e da auto-afirmação. Considero-o assim, apesar de revolto, sofrido e intenso. A nível pessoal, profissional e emocional.
Agora, a dias do seu fim, vejo com clareza mensagens deturpadas por mim, no limite das emoções, sentindo-me uma perfeita idiota por não as ter percebido e por ter provocado tanto desassossego desnecessariamente. Sou uma pessoa de excessos, sei-o; cabeça dura que só aprende experimentando, vivendo as coisas com intensidade. É um terrível defeito que me acompanhará durante a minha vida, mas que sabendo-o, tentarei melhorar.
Nesses excessos estão SEMPRE presentes os meus ideais, os meus valores que por vezes não são vividos com a mesma intensidade e ordem, pelas pessoas que me acompanham, no meu dia a dia.
Cresci, neste ano que passou! É o lado bom.
Sofri e inquietei, o lado mau...
Mas, o facto de conseguir hoje ver as coisas com outros olhos, de conseguir sentir-me em paz comigo, dá-me esperança em relação e na relação com os outros.
E assim pretendo reafirmar, não as coisas más, mas os valores, que enumero:
O amor: À vida, aos meus filhos, aos meus amigos, à minha familia, à minha profissão (como abarca tantos, este primeiro)
A saúde: Tão essencial, tão importante, quando nos deparamos com problemas a ela relativos em nós ou naqueles que nos são queridos.
E o principal, o que cresceu durante este ano de uma forma imensa com ajudas tão preciosas, de pessoas que se tornaram tão únicas e tão especiais que são idispensáveis ao meu dia a dia: A Paz (a que está em nós e não nos outros), irmã do nosso bem estar e do amor por nós próprios, responsável por todo o bem estar à nossa volta! Que permaneça em 2010!
Obrigada amigo, perdoa os desassossegos do crescimento...
domingo, 20 de dezembro de 2009
O Natal mais quentinho!
| Quisera, Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos. Os amigos de longe e de perto. Os antigos e os mais recentes. Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro. Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos. Os constantes e os intermitentes; os que, sem querer, eu magoei, ou sem querer me magoaram. Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles que não me são conhecidos , a não ser nas aparências. Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus amigos humildes a meus amigos importantes. Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida. Os das horas difíceis e os das horas alegres. |
Quisera eu uma árvore de raízes muito profundas para que seus
nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos, para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham untar-se aos existentes. De sombras muito agradáveis para que nossa amizade seja um aumento de repouso nas lutas da vida.
Que o Natal
esteja
vivo
dentro de nós em cada dia do
ano que se inicia, para
que possamos viver
sempre o amor e a
fraternidade.
(Autor desconhecido)
Um grande e quentinho abraço para todos eles!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
As flores do sonho
domingo, 13 de dezembro de 2009
Por eles...
Dia de azar para uns, de sorte para outros, e para mim, a começar à pouco, noite ainda.
Devo algumas horas de sono à cama, mas não me apetece dormir. O corpo pede, a vontade não. Sinto-me desconfortável no meu espaço, que não tenho.
Já não é o meu espaço, nunca ficou como eu gostaria que ficasse. E agora, não o considero meu. Precisaria de felicidade, de amor, para além do incondicional, pelos meus filhos. Por eles já brilha o pinheiro num dos cantos da sala.
Por eles a roupa está passada dobrada pronta a colocar nas gavetas. Por eles...
domingo, 6 de dezembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Obsession obsesión ossessione Zwangsvorstellung
Uma noite com um inicio e fim excelentes teve pelo meio, crises... Enfim!)
O sufoco das lágrimas
na rapidez da mão
O pestanejar controlado
no ritmo de escrita apressado
As lágrimas soltam-se
em forma de letras
Folha de sal nas palavras
Rosto de lágrimas secas...
Não sei cativar, irrito!
Persigo, sufoco, insisto
persisto! E mato
pouco a pouco
o que de bom ficou...
Afinal que amiga sou?
Quebro no Quebra,
aumentando as barreiras!
Mas eu não QUEBRO,
(não o mostro e não quero!)
QUE quebre a angustia,
QUE quebrem as distâncias
Que quebre a indiferença
Que quebre o desassossego
QUE quebre a solidão,
Mas a VIDA EU NÃO QUEBRO
Que quebre a OBSESSÃO!!!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Eu Educadora me confesso...
Quero deixar aqui esta nota em especial para "os meus meninos" de Pegos, aos pais que me acolheram de forma exemplar, aos meus temporários colegas onde incluo os membros da Secretaria e Direcção do Agrupamento Álvaro Viana de Lemos, com especial referência ao Professor Jorge Monteiro.
Este ano lectivo 2009/2010 começou, e realço começou para mim de uma forma anormal e positivamente surpreendente. Pela primeira vez em toda a minha carreira como Educadora de Infância contratada pelo Ministério da Educação fui colocada a 29 de Setembro.
O contrato seria de um mês e teria o seu término a 28 de Outubro. O motivo da colocação devia-se à substituição de uma colega que fazia parte de uma lista candidata ao município onde residia.
Apresentei-me no Agrupamento no dia seguinte, apesar da colocação só me ter sido transmitida depois das 19h00 e recebi com prazer a fantástica notícia de que este contrato iria ser prolongado uma vez que a colega que eu iria substituir se encontrava grávida de quatro meses e meio e residia a 95 km de distancia do lugar em que leccionava, o que me manteria ali até ao final do ano lectivo. No dia seguinte participei na reunião de pais já convocada e dirigida pela Educadora que eu substituiria e que havia sido colocada também no início dessa semana. Fomos apresentadas aos pais como as Educadoras de Infância daquele jardim. E assim, fui-me integrando sem dificuldades numa equipa dinâmica e motivadora pela pertinência dos seus projectos, incluindo os concelhios. Encontrei no meu pequeno grupo de crianças a esperança de neste ano lectivo realizar o meu sonho de ser Educadora, a actividade a que sempre me dediquei mais do que o que me era exigido por lei, por gosto e paixão pelo que faço.
Poucos dias depois surgiu o "primeiro balde de água fria", que eu tomei simplesmente como um duche refrescante no calor de Outubro: O meu registo biográfico, onde estaria registado todo o meu percurso profissional encontrava-se desaparecido em parte incerta. Não encontraram no Agrupamento que me havia validado o tempo de serviço para o concurso deste ano, e referente ao último local onde prestei serviço na função pública, altura em que enriqueci o meu percurso profissional trabalhando no Sector Privado e em Instituições de Solidariedade Social, com o tempo de serviço, nestas últimas devidamente reconhecido e validado pelas respectivas Direcções Regionais de Educação.
A remuneração atribuída por este contrato foi calculada por um escalão muito inferior ao que tenho de facto direito, não tendo em conta o meu efectivo tempo de serviço nem o facto de ter já concluído uma licenciatura na área em anos anteriores. Receberei ainda o que me é devido,com retroactivos, espero, graças à vontade de resolução do problema no agrupamento onde fui colocada, e à minha organização no passado, que me levou a encontrar velhos contratos e recibos de vencimento...
Mas "a aventura" começou mesmo na sexta feira em que soube que Isabel Alçada ficaria com a pasta da Educação. Recebi ao final do dia a notícia que o meu contrato teria de ser terminado uma vez que o motivo que levou à minha contratação já não se mantinha e não continha a clausula "até ao regresso da titular". Assim, teriam que lançar o lugar novamente a concurso, pois o motivo da contratação agora era baixa por gravidez, apesar da pessoa substituída ser a mesma. Assim sem coragem para me despedir devidamente daqueles que me encheram de alegria nesse mês, terminei o meu contrato a 29 de Outubro.
Desde essa data até hoje, o Jardim de Infância de Pegos encontra-se encerrado, para angústia das crianças que já haviam encontrado ali um espaço de convívio, confiança e aprendizagem; dos pais que sem contar tiveram de encontrar um sitio para deixarem os seus filhos enquanto vão trabalhar, e minha própria, mas não menor angústia, pois continuo na Bolsa de Recrutamento, à espera da próxima "aventura".
A vaga agora lançada já é para um contrato anual, e é por gravidez de risco; mas a educadora não estará grávida até ao final do ano lectivo, a determinada altura deixará de ser gravidez e passará a ser Licença de Parto. (Cristininha, minha vereadora da esperança que tudo te corra bem até ao final e espero poder visitar-te a ti e ao teu rebento, quando ele nascer!Ficou a promessa, lembras-te?)
Ainda bem que não obrigam ao término do contrato também nesta situação. Apesar disso tem sido recusada já por cerca meia dúzia de candidatas, que provavelmente, apesar de em concurso, estão a trabalhar noutras instituições. Eu não as censuro, de forma nenhuma, oportunidade essa tivesse eu...
Há a revolta dos pais, que indignados com a situação a direccionam para quem dá a cara no Agrupamento. Cabe-me a mim, e não seria justa se não o fizesse dizer que sempre recebi da parte deles um grande apoio, sabendo que foi tentado o possível junto da Direcção Regional, em prole daquelas crianças e da minha situação profissional.
E ouvimos falar de avaliação de docentes, de qualidade e estabilidade no ensino!!!!
Não deveríamos pensar em começar por questionar e avaliar o topo? As leis e as regras que fazem funcionar bem ou não as bases? (Docentes, crianças e por conseguinte as famílias)?
Fica a questão, o desabafo e o agradecimento sincero a todos aqueles que me proporcionaram em termos profissionais um mês de "sonho". Esqueço os "baldes de água fria" e mantenho a esperança porque como Educadora que sou, tenho por missão e dever transmiti-la aos "meus próximos meninos" (para não falar nos meus filhos e tornar este desabafo mais pessoal...) seja onde for e quando for!!!!
É este o país que temos!!!!
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Fechando a concha...
A esperança aos quarenta
É mais suave, mas INTENSA
Como o verde de um prado
O amor aos quarenta
É mais tranquilo, mas IMENSO
Puro e calado, sufocado,
Sofrido e revoltado
como as águas de uma ribeira
serpenteando sobre as pedras
de um terreno acidentado!
São muitas contradições e ilusões
Vidas secas, conflitos, emoções
risos e lágrimas em turbilhões
horas intensas e sufocadas
Conversas que preenchem, mas ocas por caladas,
Amizades puras, mas sem sentido
num mundo privado, desconhecido.
Tudo o resto posto em causa
Até o amigo, nem sei se o foi.
Os riscos foram corridos, já vividos,
outros há que ficam por correr.
Tudo dói, sangra e morre...
E da vida esperada, sempre adiada
Fica o evidente sofrer...
Fica a consciência
de que eu sou
e tenho que continuar a ser,
reaprender o meu viver;
Transformar o meu sentir
em novas formas de agir.
Aprender a indiferença,
escutar somente a razão,
calando com grandes danos
o que tem sido o meu tutor
levando-me a muitos enganos,
vou calar meu coração
e por mim só sentir amor!
Perderei a minha essência
e será dura a mudança,
viverei numa dormência
para continuar a lutar
por um amor incondicional
indiscutível e maternal
pelos meus filhos, que adoro.
E se por aqui permaneço
é porque neles aqueço
todas as lágrimas que choro!
Derrocada
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Há dias assim...
Há dias que mais parecem anos, de tão intensos e controversos. São assim...
Há "sextábados" começados com desilusões e águas geladas, que nos impedem de realizar as necessidades do presente, e terminam em filas de esperança para sonhos antigos. O gelo inicial é derretido com uma energia desconhecida e alimentada pelo desejo incontrolável de garantir um prazer a longo prazo. Surgem amanheceres felizes por passagens fortuitas, risos de cansaço e visão de um sonho finalmente possível de realizar, ainda que daqui a algum tempo.
Há "quarinsextas" com festas de despedida sem "adeuses" dolorosos visíveis no exterior pintado de um rosto de palhaça, não referidos e transformados em magias de borracha cheias por bombas de ar, saladas de frutas e pinturas faciais, abraços sentidos e beijos dados, apesar do rigor dos protocolos os proibirem; continuados com desejos de tempos passados e vividos nesta época em espaços que não são meus, ouvindo e dançando as musicas de outros que comigo partilharam esses tempos, apesar de ausentes, e afastados dali pois não tiveram desassossegos maiores a energizá-los.
"Quarquintas" de manhãs nostálgicas, num misto de tranquilidade e desejo reprimido das vontades de outros tempos, agora renascidas e "quarsextas" de noites agitadas por concertos e desconcertos momentâneos de entes que nos são queridos. Há dias assim...
Sextas com menos horas, mas pródigas em confusão de conversas paralelas mal interpretadas, pela fidelidade e lealdade, pela contenção não forçada, mas acusada por aqueles a quem respeitamos e queremos melhor que a nós próprios. Há dias assim...
Felizmente passam, e o sol brilha, e a amizade continua, calada pela desconfiança, dos outros e dos que fazem parte de nós, forte, pelo respeito e pelo acreditar, no que sinto, por quem sinto e por saber que não estou enganada quanto a quem guardo aqui...! São pedaços de mim, a todas as horas, todos os dias não, sim, ou assim.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Story (a minha tradução)
Ainda dentro do espírito de partilha dos últimos "posts" editados, deixo ficar aqui o meu ocupar de tempo de ontem, enquanto tomava café... Fazer uma tradução minimamente aceitável de uma música linda, adoptada como genérico de uma série também ela cheia de valores e mensagens positivas (na RTP2, claro!)
Todas estas linhas no meu rosto
contam-te a história de quem eu sou,
tantas histórias sobre onde eu estive
e de como cheguei onde estou.
Mas essas histórias não significam nada
quando não tens ninguém com quem as partilhar
É verdade... Eu fui feita para ti!
Eu escalei aos picos das montanhas,
nadei através do oceano azul,
atravessei todas as fronteiras e quebrei todas as regras
Mas querido, quebrei-as por ti!
Porque mesmo quando estava destroçada
Fizeste-me sentir como milionária.
Fazes.
Eu fui feita para ti!
Vês o sorriso na minha boca
escondendo as palavras que não saem
e todos os meus amigos que me acham abençoada
Não sabem que a minha cabeça é uma confusão.
Não, eles não sabem quem eu sou de verdade
E eles não sabem
o que eu passei, como tu sabes.
Eu fui feita para ti!
Todas estas linhas no meu rosto
contam-te a história de quem eu sou,
tantas histórias sobre onde eu estive
e de como cheguei onde estou.
Mas essas histórias não significam nada
quando não tens ninguém com quem as partilhar
É verdade... Eu fui feita para ti!
terça-feira, 8 de setembro de 2009
"Stress e anti-depressivos"
Mais um momento de partilha, mais uma noite a ouvir um programa de rádio , "a cereja no topo do bolo" a "trazer-nos o mundo até casa" e a pôr-nos em contacto com ele, desta vez literalmente, pois foi este o comentário que fiz sobre o tema.
e, actualmente, novamente medicada por ter atingido um ponto em que me senti uma verdadeira desconhecida
perante a pessoa que outrora fui, e incapaz de executar eficientemente as funções que até aí tinha o maior prazer em fazer.
Não se tratou de saudosismo em relação ao passado, mas "amadurecimento" forçado e falta de tempo para tal processo, provocado pelo evoluir natural da vida, circunstancias como casamento, filhos e carreira.
Actualmente, a minha postura começa finalmente a ser diferente e mais positiva:
procuro os amigos, tento ouvir música, recomeço a sair e a tentar reencontrar a "velha" forma de relaxar,
sempre com espírito aberto para descobrir novos escapes, ocupando as mãos para manter a mente activa.
Sinto na minha família e amigos a minha maior força, e apesar de desempregada, desvalorizo cada vez mais os valores materiais e valorizo cada vez mais um bom momento:
- de conversa,
- de caminhada à beira mar,
- o prazer de cozinhar uma refeição sem o stress de horários, sentindo efectivamente os cheiros e sabores dos ingredientes.
É no fundo um pouco isso: descobrir com um novo olhar as cores e o sabor da vida, numa permanente descoberta de nós próprios e a importância de darmos aos outros o nosso melhor, recebendo deles também, na maioria das vezes, uma resposta positiva. Creio que nesta caminhada, e pouco a pouco deixarei de visitar o grande amigo, que o foi na altura certa, e ainda o é, o meu psiquiatra. E creio firmemente, que finalmente os 40 me trarão alguma tranquilidade."
Depois de enviar e ouvir o meu mail, ainda de mais pormenores me recordei para o poder completar, mas sinto que o essencial ficou, e o sorriso mantém-se... estou no bom caminho!
Um ;-) especial para ti! Mais uma vez, obrigada pela partilha!
Ju
quinta-feira, 30 de julho de 2009
"Olhos nos Olhos"
Adaptação de uma resposta dada a um amigo, após um convite para ouvir um programa de rádio em que o tema era a a preferência actual, principalmente das camadas mais jovens, mas não só, pelo uso dos novas tecnologias e da escrita, na grande maioria das vezes deturpada ou codificada, em detrimento do contacto "Olhos nos Olhos".
Obrigada pela partilha, amigo.
Sempre preferi os amigos reais e não dispensava a sua companhia, mesmo que tivesse que fazer quilómetros sozinha. Quantas viagens solitárias fiz de comboio para estar com quem me sentia bem... Quantas noites sem dormir para poder trabalhar e estar com os amigos...
Dizia e disse durante anos que a Internet não me "dizia nada".
Na minha actual situação "vivam os amigos".
O meu conceito de amizade não mudou, mudou apenas a forma de interagir com eles, e neste meio virtual há muita gente a vender sonhos às Maldivas e a levar-nos para a Praia do Meco. Por este facto acho óptimo usar os meios que temos actualmente para desenvolver as relações com as pessoas que nos fazem sentir bem, mas que "conhecemos" na realidade. Exponho mais facilmente o que sinto escrevendo, mas apesar do registo, a interpretação também pode ser dúbia, dependendo de quem o lê!
Mas é de facto "a cereja no topo do bolo"!
Uma nova forma de partilhar, enquanto o olhar não alcança!
Tenham um bom dia!
Um abraço
Ju
domingo, 26 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
"A luz ao longo do túnel"
Deparei-me acomodada
na escuridão de um túnel
longo. De tão longo, terá ele fim?
Não me lembro como
e quando entrei. Parece não ter fim.
Aqui sem ninguém, fui-me perdendo,
perdi capacidades sociais,
emocionais, racionais!
Perdi a consciência de mim!
A dado momento, nesse caminho
frio e longo, solitário e sombrio,
cruzei-me com um rasto de luz
que parou e me amparou.
Vi nos seus sonhos realizados,
os meus de outrora!
Recordou-me a luz da aurora,
o doce sabor da ginja, do mel;
Foi a "Minha luz ao longo do túnel"
E o meu ser aprisionado,
anulado, voltou a querer ser.
Quis novamente ser luz,
ver o orvalho brilhar,
sentir música a vibrar!
Teve a esperança de sair
deste sombrio lugar!
Recuperou lentamente,
pelo ser luz amparado,
a capacidade de sorrir
... e de sonhar!
Mas o percurso era diferente
e "as luzes ao longo do túnel"
foram diminuindo, piscando,
e apagando...
O meu desamparo total!
Agora aqui me encontro:
de novo cega,
como que ofuscada pelo sol,
a caminhar solitária,
num interminável túnel sem luz,
desesperada e só,
a recordar o que fui,
a sombra que hoje sou,
e a pensar em qual será
a melhor maneira de sair.
Mas...
será que encontro a luz, ao fundo do túnel?
(Para ti... a minha luz ao longo do túnel! - apesar de invisível pela escuridão que me envolve ou pela tua própria luz que te ofusca)
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Amigo
tantos poemas
tanto que se disse sobre o tema
e agora foi a surpresa:
o jogo limpo sobre a mesa
de um amigo!
Amigo é com quem nós queremos estar
Em quem confiamos,
com quem gostamos de falar
a quem damos por vezes a alma
em troca de um sorriso,
é aquele que ajudamos
e aconselhamos e apoiamos,
sem favor!
É aquele que passados anos
reencontramos e não mudou
manteve-se fiel a si próprio
e ao que nos fez ser amigos.
O amigo chora se não evitar
as nossas lágrimas,
sofre com as nossas dores,
fala-nos de cerejas, dos amores
dos amigos e da família,
da luz do sol, dos passarinhos
do que sente, do que pressente.
E mostra que mesmo longe
não esteve ausente!
Para mim era clara a definição
o sentimento era tão natural...
apesar de difícil de descrever
Mas tinha que surgir agora a confusão
Que para mim nunca existiu,
Amigo é amigo, seja real ou "virtual"?
Amigos
Estou-me a tornar repetitiva, mas é neles que encontro a força para me erguer...
Beijinhos a todos eles.
terça-feira, 14 de julho de 2009
RAPSÓDIA DA VIDA (para todos os meus amigos )
Onde estão?
Bem sei que os devo ter, aqui
Junto ao coração...
Elos que nos ligam à vida.
Caixas de essência.
Tímidas certezas
Inscritas em nós
Viagens a nós mesmos
Origem de tudo o que fazemos!
Somos!
Quero a vida a cores
menos baças, menos frias…
Quero sentir amarelo
amor, paixão, alegria!
Quero viver a cor certa,
o tom de cada momento.
Olhar o azul do céu,
tocar o som do vento!
Procuro ansiosamente uma nova forma de estar
Onde a tranquilidade que quase consigo… permaneça,
Onde um sorriso aqueça
E varra as tempestades,
Dois pares de olhos sorriem, tranquilizam
Outro par quando sereno, ajuda
Quando inquieto, perturba!
Tens o poder de suavizar os meus dias,
De me apontares o caminho,
Ouço-te, oh, como te ouço!
E como preciso de te ouvir!
Mas tu não me vês…e
Apesar de tudo, dás-me força para o caminho
E o poder do teu carinho traz de volta a alegria.
E eu só posso dizer,
...
Obrigada querido amigo!
Vês-me com teus dedos
Fortuito... ocasional.
Vejo-te, sentindo a frescura
na ponta dos meus.
As mãos deslizam, suaves,
sujas e livres,
e assim eu te vejo,
moldando silhuetas, esculpindo sonhos,
talhando vontades
com a ponta dedos.
Criando sonhos,
ocultando medos.
E eu sinto as cores...
com um toque do teu olhar...
Fortuito
Sinto-te...
No brilho do olhar
de uma criança
Na alegria singela
do seu brincar
Na leveza dos passos
de uma dança.
E assim,
na simplicidade do meu viver
vou-te lembrando...
Pra nunca te esquecer
Continua a esperança
de olhar o céu, sentir-lhe a cor
de ver o brilho do sol,
de sentir o seu calor.
Continua o desejo
de mergulhar
no ...verde profundo,
sentir o calor
dos ...Abraços
a suavizar o meu mundo.
Continua a esperança...
E eu só posso dizer,
...
Obrigada querido amigo!
domingo, 12 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Hoje estou off
Por mais que tente sorrir
os lábios não obedecem
e os olhos perdem o brilho!
O meu pensamento
é um circulo vicioso,
incontrolável, tenebroso.
Ponho em causa o amor,
eu própria e a vida!
Quero vive-la, quero sentir
algo mais do que a solidão!
Mas, estou só, sempre só,
E a solidão destrói, corrói
E dói, como uma dor aguda
cravada no peito.
Tento-a anular, sufocar, eliminar
mas em vão, os amigos não estão.
O companheiro para a vida
Só e é quando está...
E quase nunca está.
Mas eu estou aqui...
E preciso de falar, de ouvir
de conversar.
E os meus amigos
onde estão?
A trabalhar,
a descansar da vida
e de mim:
Diz-mo o telefone que não toca,
as mensagens que não chegam,
a solidão que sufoca!
E mesmo aqui,
onde escrevo, o meu coração sofre
tantos "amigos", tantos...
Mas todos Off.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Mensagem oculta
E de ouvir a tua voz
Senti que te conhecia, e gostei.
Conheci um amigo e,
Uma e outra vez, sorri…
Libertaste-me da solidão!
Perdi no entanto a razão
Ao querer mais do que podias...
Ao ser demasiado insistente
Não respeitei o teu espaço!
Tu tens a tua vida e
Outros amigos. Eu ando um pouco perdida
Neste desafio da vida. Ainda
Inquieta, inquieto
Os que quero ter mais perto.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Viagens
Viajo nas asas do vento,
Vejo o mundo no meu voo, e
na minha mente entoa
um relato, uma memória!
Viajo em sonhos quieta
Com o pensamento a mil,
Olhando imagens de outrem!
Fico por vezes inquieta
perante a vontade de ir
e a impossibilidade
de partir!
Tenho o céu como limite
No meu sonhar acordado!
Pondero se vale a pena
uma vida tão pequena
ter um espaço tão limitado!
Mas este limite é ilusório
porque para aquém destes muros
há mundos por explorar
há vidas e experiencias
imensas a partilhar!
E eu apanho boleia
nas asas de uma andorinha
e sou livre para voar!
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Forçada solidão calada
atropelam e reforçam a solidão!
Procuro amigos e eles não estão...
Calo as palavras. Forço,
tensa e acorrentada.
Faço por permanecer calada.
Como me sinto só
após me soltarem as palavras
outrora contidas.
Os horários dos outros
perante a ausência dos meus
são inimigos das palavras que
querem voar!
E eu, não as podendo soltar,
sou prisioneira de mim mesma
e da minha solidão.